Yemanjá

 

 

 

Yemoja

Aspectos Gerais

  • Dia: Sábado
  • Data: 02 de fevereiro
  • Metal: Prata e Prateados.
  • Pedra: Água marinha.
  • Cor: Branco, criatal, azul e rosa
  • Comida: Ebô de milho branco e camarão seco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e mamão.
  • Símbolo: Abebé prateado.
  • Elementos: águas doces que correm para o mar, águas do mar
  • Região da África: Egbà e Abeokunta
  • Pedras: cristal e água marinha
  • Folhas: pata-de-vaca, umbaúba, mentrasto
  • Odú que rege: Yorosun
  • Domínios: maternidade (educação), saúde mental e psicológica
  • Saudação: Erù-Iyá, Odó-Iyá

Orígem e História




No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca. Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe de quatro a sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é o branco com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.

YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.

È a rainha de todas as águas do mundo, seja dos rios, seja as do mar. Seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo filhos são peixes. Na África era cultuada pelos egbá, nação Iorubá da região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo se tranferiu para a região de Abeokutá, levando consigo os objetos sagrados da deusa, e foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o Orixá Ogum, apesar de no Brasil Yemojá ser cultuada nas águas salgadas, sua orígem é de um rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas saudações, orikís e cantigas remetem a essa orígem, Odó Iyà por exemplo, significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas do encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de culto a Yemonjá.

Yemonjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo mundo; É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os órgão que a relacionam à maternidde, ou seja, sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados.

Yemonjá que se estende na amplidão,
Aiyabá que vive na água funda,
Faz amata virar estrda,
Bebe cachaça na cabaça,
Permanece plena em presença do rei.

Yemonjá se vira quando vem a ventania,
Gira e rodopia em volta da vila.
Yemonjá descontente destrói pontes.
Come na casa, come no rio...

Mar, dono do mundo,
Que sra qualquer pessoa.
Velha dona do mar.
Fêmea flauta, acorda em acordes na csa do rei,
Descansa qualquer um em qualquer terra.
Cá na terra, cala-à flor-dàgua, fala...

Yemonjá é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a ãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe, sobre tudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons em seus ofícios, mas dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.

Yemonjá foi violentada por seu próprio filho, Orugan; Dessa relação incestuosa nasceram diversos Orixás e deus seios rasgados jorraram todos os rios do mundo. Yemonjá acabou se desmanchando em suas próprias lágrimase trasformando-se num rio que correu em direção ao oceano. Por tanto não é por acaso que as lágrimas e o mar tem o mesmo sabor.

Dissimulada, e aridlosa, Yemonjá faz uso da chantagem afetiva para manter os filhos sempre perto de sí.vÉ conciderada a mãe da maioría dos Orixás de Orígem Iorubá. É o tipo de mãe que quer os filhos sempre por perto, que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio psicológico. Quando os perde é capaz de desequilibrar-se completamente.

Yemonjá é a mãe que não faz distinção dos seus filhos, sejam como forem, tenham ou não saído de seu ventre. Quando humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, fez irromper um grande guerreiro. Yemonjá criou Omulu, o filho de senhor, o rei da terra, o próprio SOL.

Arquétipo dos Filhos de Yemonjá

 

 

É imponente, majestoso e belo. São pessoas calmas, sensuais, fecundas e cheias de dignidade e dotados de irresistível fascínio (o canto da sereia), são voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto.
As filhas de YEMANJÁ são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros. Não perdoam facilmente, quando ofendidas. São possessivas e muito ciumentas. São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus. São pessoas fortes, rigorosas e decididas. Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte. Esses filhos põem a prova as suas amizades, que tratam com um carinho maternal, mas são incapazes de guardar um segredo, por isso não merecem total confiança. Eles costumam exagerar em suas verdades (para dizer que não mentem) e fazem uso de chantagens emocionais e afetivas. São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantêm com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.
Sempre nas grandes famílias, há um filho de Yemanjá, pronto a se envolver com os problemas de todos, pois gosta tanto disso que pode se revelar um excelente psicólogo, fisicamente, os filhos de Yemanjá tendem a obesidade, ou a uma certa desarmonia no corpo. As mulheres, por exemplo, acabam ficando com os seios caídos e as nádegas contidas e preferem os cabelos compridos. São extrovertidos e sempre sabem de tudo (mesmo que não saibam).